Será que vai tão longe assim? Foto: ISA/Cory Scott

“Sua arte, acho eu, é da provocação, tanto quanto o surfe. Melhor dizendo, Hynd usa bastante o surfe como uma forma de provocação, vide o surfe sem quilhas e o fato de ter parado de beber – Na Australia, não beber é ofensa pessoal.
Diz que não assiste mais campeonatos, perdeu o interesse depois de 30 anos sem perder nada, mas abre uma exceção pra ver uma bateria por ano no Pro Junior.
Dois anos atras, fiz minha peregrinação até o pro junior, para minha unica bateria que assitiria no ano. Cheguei na praia, vi Jordy Smith surfar uma onda, virei e fui embora.
Eu tinha visto o futuro do surfe, não havia nada mais pra ver ali.
Nesse ano fiz a mesma coisa, queria saber quem era e como surfava o tal do Medina que todos falavam.
Fui até la para ver o fenomeno Medina. Cheguei na praia, ele remou na sua primeira onda, devia ser oitavas ou quartas de final, mal ficou em pé, caiu de cara na prancha.
Resolvi dar mais uma chance.
Medina surfou duas ondas, uma nota 10 e uma nota 9 e tal.
Ele arrasou completamente um surfista australiano muito competente, Dean Bowen.
Fui conversar com um amigo, juiz da ASP, e ele me disse que Medina vai mudar o jeito de julgar as ondas na ASP.
Em seguida, Derek perguntou como se comportava Medina em ondas boas. Respondi que ainda não sabia, mal tinha visto o garoto surfar ao vivo.
Se ele não souber fazer outra coisa alem de voar, sua carreira vai durar tanto quanto sua terceira contusão, profetizou com habitual insolência.
Esses garotos se machucam o tempo todo. Na primeira, passam batido, na segunda, ficam mais cautelosos, na terceira param de voar.
Vejam a falta que faz uma boa cerveja…”
Sábio Mr. Hynd. Grande Julio!

Ser ou não ser?

Ele é o surfista que vem logo atrás de Slater no ranking do WT. Estreou no Tour há dois anos como promessa e muitos já lhe deram o título de campeão mundial de 2012, 2013 ou 2014. É um dos caras mais admirados do mundo, suas manobras são as melhores da atualidade – assista o Modern Collective e esse vídeo do segundos 40 ao 45 – e , com certeza, é o surfista mais talentoso da sua geração.

Sendo quem é e com a qualidade que tem, não entendo porque ele quer tanto ser outra pessoa.

jordysmith.com

… e não digo isso só em função do site, não.

Foto:*

“A prancha tava bastante usada,
o dono colocou na galeria River.
Foi vendida com todas suas memórias
15 tubos,
4 viagens à guarda do Embaú
3 beijos que saíram mais caro que o combinado
4.372 ondas sem maior importância
1 aéreo na junção
1 carona que quase virou família
3 rasgadas que renderam conversa na areia
1250 vacas
8 pontos na panturrilha
2 toneladas de pôr do sol
37 mil kilômetros de horizonte…
o turista incauto pagou 390 reais
e em 20 minutos de surfe partiu-lhe ao meio.
Os dois pedaços ficaram na beira da praia
até que um moleque de passagem
catasse os restos e inventasse um brinquedo que mudaria sua vida para sempre.”

Pedro Cezar

*Quem sentiu tem sua própria imagem da prancha.

Andy was an absolutely gifted individual. I’m lucky to have known him and had the times we had together. I feel blessed that we worked through the differences we had and I was able to learn what I’m made of because of Andy. We enjoyed many quiet times together with our girls in the last year and I got to know a happy, funny, innocent kid who was happy to live every second with the people he loved. I’m so sad. My thoughts are with Bruce and Lyndie and their parents and all of his many friends around the world. It’s a huge and far too premature loss for all of us. He was the most intense competitor I’ve ever known and one of the most sensitive people. He had so much life left in him and it hurts to think about. We look forward to his memory living on with our memories of him and his child on the way. There are a lot of uncles awaiting his arrival. I really miss Andy. He had a really good heart. With love, Kelly Kelly Slater

Kelly . Foto: Bielmann/SPL

Foto: Bielmann/SPL

TransWorld SURF: Regarding your heat against Kelly in the semifinals, what was that like?

Andy Irons: Kelly? Everyone freaks out when they draw Kelly, but he’s just another human, but people seem to wig out when they get him in a heat. He’s the man, a nine-time world champ, but he’s just another competitor and can have a bad heat like anyone else. As far as the heat itself, I was stoked it went for so long with no waves—the fewer opportunities he has the better it is for me. I knew a restart [when no waves come through in a heat it restarts after 15 minutes] was close so I caught a wave just so he had to keep going. If it was gonna come down to one wave, I’d rather take the 50/50 chance of me getting it than having him a chance at a couple ten point rides. And it worked out—I got a 9 something an as time ran out he wasn’t able to get a score.

Confira a entrevista completa aqui.

O curta-metragem “Roots Time” surgiu a partir da reconstrução/reciclagem de uma prancha de surf da década de 70. A matéria completa você confere na edição de agosto. – Por redação Hardcore

Confira aqui o curta que mostra uma prancha das antigas virando praticamente uma obra de arte. Alucinante!

Prancha autografada por Dane Reynolds na loja da Channel Islands em Santa Barbara

Faz um bom tempo que eu estou devendo novos posts aqui no Gravity, mas eu tenho um bom motivo para isso. No último dia 6 eu fui viajar para a Califórnia com a minha família e voltei só ontem. Lá era muito complicado de acessar a internet por isso que o blog esteve meio parado esses tempos.

Agora que voltei vou ter mais tempo para fuçar pelos sites e achar coisas novas pra vocês.

Aguardem!

Matt Biolos, o melhor shaper do mundo segundo a STAB Foto: Steve Baccon

8. There’s a magic number and it’s called your cubic volume. It’s up to us shapers to educate people, and it’s information available, right now, on our shaping machines. Let me explain. One of my team riders, Shea Lopez, was teasing me about how big my boards are. We were down at Lowers, two fat cocktails in hand, and he grabbed my board and said, “Have a fucking look at this boat!” And, I said: “Well, I’m fat, I’m 40, but you know what, fucker? I bet my volume-to-weight ratio is not far from your’s. I’m 30 per cent heavier and have maybe 30 per cent more volume. The difference is, I’m a desk jockey and you’re a professional athlete.” If we know our cubic volumes, all the other dimensions can be left to the shaper. Instead of saying, I ride 6’1”s x 18 5/8” x 2 5/16”, you’d say, I’m a 42, make me a small-wave craft. This does require a degree of trust in your shaper. Which leads me to… – Matt Biolos para STAB

Desvende aqui 10 dos muitos segredos que os bons shapers guardam sobre as nossas pranchas.

Não foi nem Kai Neville com seus vídeos futuristas, muito menos Taylor Steele com seus projetos mirabolantes. Quem roubou a cena da internet nas últimas semanas foi Karim Rejeb com seu vídeo “playmobil surfista”.

Chamada de Lino, a produção contém cenas de tubos perfeitos e aéreos insanos protagonizados pelos bonequinhos. Entrei em contato com o holandês radicado na França, Karim Rejeb, para saber mais sobre a sua invenção.


Da onde veio a inspiração para fazer estes filmes?

Como a maioria de nós, amava brincar com os bonequinhos de playmobil quando era criança. Apenas continuei depois de velho, ou seja, fazer o vídeo foi só uma desculpa. Enquanto não surfo, preciso mexer com meus brinquedos, me faz sentir bem.


Ganha a vida com isso ou tem outra fonte de renda?

Meu principal trabalho é construir skateparks. Trabalho para a The Community Watershed Stewardship Program (CWSP), companhia do meu irmão. Nós trabalhamos por toda a França, então acabo não parando em casa. É muito difícil para o meu filho e minha mulher ficarem sozinhos por muito tempo.


Você tem uma equipe?

Faço tudo praticamente sozinho, é quase um esporte. Para algumas cenas, uso lentes com zoom, ou seja, a distância entre a ação e a câmera é muito grande. Para cada foto, tenho que mover os bonequinhos, voltar pra câmera, tirar a foto, mover os bonequinhos, tirar a foto… E assim vai milhares de vezes ao dia, sendo que isso não é nem um minuto de filme. Imagine quando fiz o “playmobil riding dow the sand dunes”, foi um baita sobe e desce.


Quais programas utiliza?

Uso um programa de edição básico e um pouco de photoshop. Não tem muitos efeitos especiais, é tudo manualmente. Também gravei todas as músicas que compõem a trilha sonora, exceto “Like in The Summer Time”, que foi feita por um amigo, Mathieu Armengo – Mattyblues (http://www.myspace.com/bluesymatty)


Quanto tempo leva para produzir?

Meu primeiro filme, “My toys” demorou dois anos. Mas com esta experiência, fiz o “Lino” em tempo recorde (3 meses). Foi bem intenso, trabalhei dia e noite, mas consegui. Tive que montar uma pequena equipe para que as coisas ficassem mais tranquilas.


Seus filmes já participaram de algum concurso?

O “My toys” participou como melhor curta metragem no San-Sebastian’s Surf Film Festival, e no Jury’s Heart Crush pelo International Freeride Film Festival, realizado em St. Lary, na França.


Por que bonecos playmobil?

Porque é demais, mas quero incorporar outros brinquedos também. Mal posso esperar para começar o meu próximo episódio. Tenho planos para fazer filmes com motocross, wakeboarding e BMX. Quero levá-los para outro nível, mais fluídos e com um número maior de manobras. Na escala dos brinquedos, o mercado é tão grande e há tantos secret spots para filmar, só preciso de fundos e patrocinadores para tornar as coisas mais fáceis.

Confira esta matéria também no site da Revista Hardcore.